Data publicação: 24/11/2015
Durante o IV Congresso Brasileiro de Atenção Primária em Odontologia (COBRAPO), houve a elaboração e apresentação de uma Carta Aberta à Sociedade Brasileira, esta elaborada com a participação de vários colaboradores. O CRO-PE divulga este documento:
"CARTA ABERTA DO IV CONGRESSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO PRIMARIA EM ODONTOLOGIA (COBRAPO) À SOCIEDADE BRASILEIRA
A saúde pública brasileira tem uma enorme dívida social em relação à saúde bucal, apesar das garantias constitucionais. Desde o lançamento da Política Nacional de Saúde Bucal - (PNSB - Brasil Sorridente) houve um significativo aumento nos investimentos em serviços de saúde bucal públicos. Entendemos que a Política Nacional de Saúde Bucal - (PNSB - Brasil Sorridente) deve se configurar como uma política de Estado e não como uma política de governo, pois os governos passam e a política não deve sofrer descontinuidade. É preciso reforçar a carreira dos profissionais no SUS, comprometidos com as necessidades da população, tanto gestores como trabalhadores enquanto responsáveis pelos serviços destinados à sociedade. Entendemos que a Coordenação Geral de Saúde Bucal deva ser ocupada por profissional com experiência em saúde pública.
Pelo exposto o IV COBRAPO vem repudiar veementemente, a saída da Dra. Rozângela Fernandes Camapum da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e a indicação de um profissional representante dos planos privados e mercantilistas da Odontologia.
Defendemos que a Coordenação de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, deva ser ocupada por profissional conhecedor e comprometido com o Brasil Sorridente, desde a sua elaboração, e com vínculos históricos com a implantação do SUS, sob o risco de descontinuidade de uma política reconhecidamente social. Na oportunidade defendemos e reforçamos bandeiras históricas na luta pela implantação do SUS como:
1. Maior financiamento para o SUS e para as Políticas de Saúde Bucal;
2. Contra a privatização do SUS;
3. Carreira única para os trabalhadores do SUS;
4. Desprecarizacão do trabalho;
5. Condições dignas do exercício profissional;
6. Respeito às necessidades da população."
Belo Horizonte, 21 de novembro de 2015.